Náutico fica apenas no empate de 1 a 1 contra o Paraná nos Aflitos

Apesar da promoção da diretoria, apenas seis mil alvirrubros tiraram a tarde de sábado para ver de perto o desempenho do Náutico. A ausência de público nos Aflitos talvez seja um retrato da desconfiança em torno do time neste início da Série B. Em mais uma tarde pouco inspirada, o Náutico voltou a tropeçar em casa. O empate em 1 a 1 com o Paraná, no entanto, evitou o desastre que seria a derrota. Pricipalmente porque o Timbu saiu atrás do placar. A chance de entrar pela primeira vez no G4 foi pelo ralo, e o Náutico vai permanecer no meio da tabela após o fechamento da rodada. Já o Paraná continua na parte de cima, entre os virtuais classificados. O ponto foi comemorado pelo time curitibano ao final da partida.

As vaias da torcida no final do primeiro tempo denunciaram o comportamento do time alvirrubro. Apático, no ritmo de Eduardo Ramos. O homem encarregado pela criatividade escondeu-se nos 45 minutos iniciais. Quando decidiu aparecer, desperdiçou a melhor oportunidade do jogo até então.

Aos 18 minutos, Kieza, em alta velocidade, foi derrubado na área porAmarildo. Pênalti claro assinalado pelo árbitro. Na cobrança, Eduardo bateu fraco e rasteiro. Melhor para o goleiro Zé Carlos. A displicência do camisa 10 parece ter contagiado a maioria dos companheiros na primeira etapa. Kieza foi a exceção.

Além de sofer o pênalti, o atacante proporcionou três das quatro melhores oportunidades do Náutico. Elton e Rogério foram servidos em exelente condição após boas jogadas do camisa 9 pela esquerda, mas ambos se atrapalharam na hora de finalizar. No mais, um chutaço de Elicarlos do meio da rua foi o outro bom momento do Náutico no primeiro tempo. Destaque para a grande defesa de Zé Carlos.

Apesar de todo esforço do incasável Kieza, o Timbu teria ido atrás do placar para o intervalo não fosse a chance desperdiçada por Jeferson Maranhão, aos 16 minutos, cara a cara com Glédson. Afora esse lance, o Paraná praticamente não incomodou o arqueiro alvirrubro. A atuação retraída do adversário combinada com a falta de ímpeto do mandante resultou numa primeira etapa morna.

Bem postado na defesa, organizado na marcação, a proposta do Paraná visivelmente era se precaver antes de se lançar ao ataque. Ainda assim, logo no início do segundo tempo o time visitante chegou ao gol. Na verdade, a abertura do palcar foi fruto de uma pintura, um golaço de Seginho, que começou a nascer de uma jogada ensaiada numa cobrança de falta. A conclusão, com direito a uma bela dominada antes da surpreendente bicicleta, encheou os olhos de todos os presentes. Gol de tirar o chapéu, que deu ainda mais tranquilidade para o Paraná seguir à risca sua proposta de jogo.

Na tentativa de alterar o panorama, o técnico Waldemar Lemos acionou o lateral esquerdo Jeff Silva e o garoto Philip. Saíram Airton e Rogério, ambos apagados em campo. Ao contrário de Kieza. Em mais uma jogada individual pela esquerda, o atacante voltou a ser derrubado com falta dentro da área. Novo pênalti marcado pelo árbitro. Desta vez, porém, o lateral Peter não perdoou. A cobrança saiu firme, sem chances para o goleiro. Melhor em relação ao primeiro tempo, o Náutico teve algumas oportunidades na reta final. As melhores com Marlon e Philip. Mas o Paraná também poderia ter desempatado. No fim, o empate acabou sendo justo.

Ficha:

Náutico 1

Glédson; Peter, Marlon, Ronaldo Alves e Airton (Jeff Silva); Everton, Eli Carlos (Neno), Elton e Eduardo Ramos; Rogério (Philip) e Kieza. Técnico: Waldemar Lemos.

Paraná 1

Zé Carlos; Lisa (Maicon Freitas), Cris, Amarildo e Lima; Júnior Urso, Everton Garoni, Serginho e Wellington (Júlio César); Jeferson Maranhão e Giancarlo (Diego). Técnico: Roberto Fonseca.

Local: Aflitos
Árbitro: Eduardo de Aquino
Assistentes: Marco Moreira e Edson de Souza
Gols: Serginho (aos 3 do 1 T) e Peter (aos 26 do 2 T, de pênalti)
Cartões amarelos: Serginho, Amarildo, Everon e Jeff Silva (N); Jeferson
Maranhão, Serginho e Cris (P)
Cartão vermelho: Jeff Silva
Público:6.051
Renda: R$ 67.515,00