Náutico

Série B

Náutico joga mal e sofre goleada da Portuguesa durante estreia

No Canindé, Timbu foi irreconhecível e perdeu de 4 a 0

postado em 21/05/2011 18:10 / atualizado em 21/05/2011 18:41

Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

MOISÉS NASCIMENTO/AGIF/AE


A ressaca do Estadual ainda não acabou para o Náutico. Mesmo com os novos ares da Série B, depois da eliminação frente ao Sport durante a semifinal, o Timbu cambaleou em plena estreia e estremeceu a já abalada confiança dos alvirrubros. O time deu aula de como perder gols e dar vacilos para as investidas adversárias. Melhor para a Portuguesa. Neste sábado, o estádio Canindé sediou o massacre da Lusa contra o time pernambucano: 4 a 0.

Para os alvirrubros, ficou a lição. E a ordem de mirar o próximo desafio. Partir para a segunda das 38 decisões rumo à Série A, próximo sábado, contra o Goiás, nos Aflitos. Uma reestreia manchada do treinador timbu, Waldemar Lemos, após 20 dias de preparação.

A partida
Os zagueiros de ambos os times pareciam ainda estar em aquecimento durante os minutos iniciais da partida. A sonolência da defesa timbu abriu uma oportunidade para a Lusa marcar logo aos 49 segundos de partida. Henrique tentou por cobertura, Glédson se esticou para defender. Um minuto depois, cochilo do time paulista. Entretanto, Deyvid Sacconi, livre, chutou para fora.

O castigo ocorreu logo em seguida. Ananias viu a “avenida”, avançou sem marcação e acertou o canto direito: 1 a 0. O festival de oportunidades não parou por aí. Sacconi voltaria a frustrar a pequena torcida alvirrubra em São Paulo e os milhares de telespectadores. Aos 8, depois da “furada” de Kieza, o meia chutou em cima do goleiro adversário.

MIGUEL SCHINCARIOL/AE/AE
Apesar do maior volume de jogo do Timbu, a Lusa não deixou de beliscar outro gol. Henrique e Marcelo Cordeiro obrigaram a Glédson a se virar de qualquer jeito. Do lado alvirrubro, desperdícios de Kieza e Derley. Aos 36 minutos, o atacante Bruno Meneghel caiu dentro da área do oponente. Mas o árbitro enxergou simulação e aplicou o cartão amarelo. Durante a saída para o intervalo, os atletas alvirrubros se mostraram otimistas. “O time está muito bem. Só precisa manter a pegada para virar”, afirmou Sacconi.

Segundo tempo
Mas a equipe pernambucana não manteve o ritmo ofensivo. E os gols perdidos custaram caro. Principalmente quando, aos três minutos, a Portuguesa ampliou. Marco Antônio cruzou, Ferdinando carimbou o travessão, a bola resvalou em Jorge Felipe e seguiu para o fundo das redes. Gol contra: 2 a 0. Aos seis, o golpe impiedoso. Para eliminar qualquer possibilidade de reação do Náutico. A Lusa tocou a bola como quis dentro da área do Náutico até Guilherme soltar a bomba: 3 a 0.

A impressão dada era que a Lusa poderia balançar as redes quando bem entendesse. E assim foi. Aos 19 minutos, Marco Antônio dominou na meia-lua e deu um passe açucarado para Marcelo Cordeiro. O lateral só ajeitou para Henrique, em posição legal, ampliar. Não perca as contas: 4 a 0. Daí para o final, sucessão de chances para os dois lados, substituições questionadas do técnico timbu e a festa da torcida paulista.

FICHA TÉCNICA


Portuguesa

Weverton; Marcos Pimentel, Jaime (Ademir Sopa), Mateus e Marcelo Cordeiro; Ferdinando, Guilherme, Henrique (Cleiton) e Ananias (Raí); Marco Antônio e Luis Ricardo. Técnico: Jorginho

Náutico

Glédson; Walter, Wescley e Jorge Felipe; Rodrigo Heffner, Éverton, Derley, Deyvid Sacconi (Rogério) e William (Elicarlos); Bruno Meneghel (Alexandro) e Kieza. Técnico: Waldemar Lemos

Local: Estádio Canindé (São Paulo). Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE). Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Renison Nunes Freire (SE). Gols: Ananias, Jorge Felipe (contra), Guilherme e Henrique (P). Cartões amarelos: Ananias (P); Bruno Meneghel e Jorge Felipe (N). Público: 2.203. Renda: R$ 50.890,00