Pernambucano
A esperança da Patativa
Acosta chega ao Central para tentar reencontrar seu bom futebol, há tempo sumido
postado em 24/02/2012 09:33 / atualizado em 24/02/2012 09:36
Novamente, o futebol pernambucano abre os braços a um personagem marcante de sua história recente. Ontem à tarde, algumas horas depois do anúncio oficial da diretoria alvinegra, o uruguaio Beto Acosta desembarcou sem fazer alarde no Aeroporto Internacional do Recife. Não havia torcedores nem batalhão de repórteres à sua espera. Por volta das 16h40, a talvez maior contratação da história do Central caminhou tranquilamente ao atravessar o portão de desembarque. O contrato de dois meses terminará ao fim do Pernambucano.
Aos 35 anos, Acosta já não é mais o jogador que encantou a torcida do Náutico em 2007. Naquela temporada, terminou como vice-artilheiro da Série A, apenas um gol a menos que Josiel, do Paraná, e ainda levou a Bola de Prata, tanto a da revista Placar quanto a da eleição organizada pela CBF. Desde que deixou o Corinthians, em 2009, o gringo tenta reencontrar-se. O futebol vistoso apresentado nos Aflitos na verdade também passou longe do Timão.
Há três meses sem jogar, Acosta espera voltar a ser feliz na terra em que aprendeu a ser admirado. “Sempre gostei daqui, um lugar onde as pessoas sempre nos abraçam, são carinhosas. Em São Paulo, por exemplo, não é assim. Tudo o que acontecia no Corinthians era culpa minha. Se fizer um bom campeonato sei que as portas vão se abrir novamente para mim”, declarou.
Se depender da própria vontade, ele já poderá entrar em campo domingo, contra o Sport. “Quero jogar o mais rápido possível. Talvez na próxima semana, quem sabe. Ou mesmo no domingo”, disse. O presidente do Central, Sivaldo Oliveira, garantiu que o salário do atacante está dentro da realidade financeira do clube. E ainda revelou como surgiu a oportunidade de fazer a contratação.
“O empresário dele me ligou de Brasília oferecendo o jogador e a gente precisava de mais um atacante. Claro que o investimento exigiu um esforço maior, mas o salário não foge ao nosso padrão”, explicou. Nos próximos dias, a camisa alvinegra de número 25 estará à venda na loja oficial do Central.
Volante
Além de Acosta, a diretoria anunciou a contratação do volante Júnior Maranhão, ex-Sport e Santa Cruz. Campeão da Copa do Brasil pelo Leão em 2008, ele estava no River/SE. Com os dois novos reforços e a chegada do atacante Beto, o presidente encerrou o ciclo de contratações.
Linha do tempo
2007 - Um ano depois de vestir a camisa do Peñarol, Acosta chega ao Náutico após rápida passagem pelo ASKO Kara, de Togo. No Timbu, ganha a Bola de Prata por seu desempenho no Campeonato Brasileiro, quando foi vice-artilheiro com 19 gols.
2008 - O sucesso no Náutico o leva ao Corinthians, mas uma grave lesão e a chegada de várias estrelas viabilizadas pelo efeito Ronaldo Fenômeno minimizam o espaço do uruguaio.
2009 - Campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista praticamente sem jogar, o atacante pede para sair do Corinthians e volta ao Náutico. Uma série de lesões atrapalham a mal-sucedida segunda passagem pelo Timbu. No mesmo ano, é devolvido ao Corinthians e volta pela terceira vez ao Náutico.
2010 - Após outra saída do Náutico, retorna ao Uruguai e chega a fazer parte do elenco do Defensor. Logo depois, porém, acerta sua transfência para o Brasiliense.
2011 - Disputou a Série C
pelo Brasiliense, sua última competição. O último jogo foi
em novembro do ano passado.
Entrevista >> Acosta
“Deus me falou para eu estar aqui”
Qual o sentimento no retorno a Pernambuco?
“Estou voltando muito feliz. Tive uma proposta para jogar o Campeonato Paulista, mas agora sou evangélico. Falei com minha esposa, com Deus, e Ele me falou para estar aqui. Agora é trabalhar. Fisicamente estou bem, estava treinando em Brasília. Só me falta ritmo de jogo.”
O que a torcida do Central pode esperar?
“Não promete gols, e sim muita raça e vontade. Sei que a torcida do Central é muito apaixonada e sei da minha responsabilidade. Joguei no Náutico, Peñarol, Corinthians… estou acostumado com pressão. A verdade é que sou uruguaio, mas aqui me sinto em casa. Acho que vai dar tudo certo”
Qual o seu maior objetivo hoje?
“Sei que os dirigentes do Central fizeram um esforço para me contratar. Gosto desse tipo de desafio. Agora preciso executar na prática o que conversei com o presidente, que é deixar o Central na parte de cima da tabela. Vim para ser mais um no grupo, mas sei que aqui todos me olham diferente”
Aos 35 anos, Acosta já não é mais o jogador que encantou a torcida do Náutico em 2007. Naquela temporada, terminou como vice-artilheiro da Série A, apenas um gol a menos que Josiel, do Paraná, e ainda levou a Bola de Prata, tanto a da revista Placar quanto a da eleição organizada pela CBF. Desde que deixou o Corinthians, em 2009, o gringo tenta reencontrar-se. O futebol vistoso apresentado nos Aflitos na verdade também passou longe do Timão.
Há três meses sem jogar, Acosta espera voltar a ser feliz na terra em que aprendeu a ser admirado. “Sempre gostei daqui, um lugar onde as pessoas sempre nos abraçam, são carinhosas. Em São Paulo, por exemplo, não é assim. Tudo o que acontecia no Corinthians era culpa minha. Se fizer um bom campeonato sei que as portas vão se abrir novamente para mim”, declarou.
Se depender da própria vontade, ele já poderá entrar em campo domingo, contra o Sport. “Quero jogar o mais rápido possível. Talvez na próxima semana, quem sabe. Ou mesmo no domingo”, disse. O presidente do Central, Sivaldo Oliveira, garantiu que o salário do atacante está dentro da realidade financeira do clube. E ainda revelou como surgiu a oportunidade de fazer a contratação.
“O empresário dele me ligou de Brasília oferecendo o jogador e a gente precisava de mais um atacante. Claro que o investimento exigiu um esforço maior, mas o salário não foge ao nosso padrão”, explicou. Nos próximos dias, a camisa alvinegra de número 25 estará à venda na loja oficial do Central.
Volante
Além de Acosta, a diretoria anunciou a contratação do volante Júnior Maranhão, ex-Sport e Santa Cruz. Campeão da Copa do Brasil pelo Leão em 2008, ele estava no River/SE. Com os dois novos reforços e a chegada do atacante Beto, o presidente encerrou o ciclo de contratações.
Linha do tempo
2007 - Um ano depois de vestir a camisa do Peñarol, Acosta chega ao Náutico após rápida passagem pelo ASKO Kara, de Togo. No Timbu, ganha a Bola de Prata por seu desempenho no Campeonato Brasileiro, quando foi vice-artilheiro com 19 gols.
2008 - O sucesso no Náutico o leva ao Corinthians, mas uma grave lesão e a chegada de várias estrelas viabilizadas pelo efeito Ronaldo Fenômeno minimizam o espaço do uruguaio.
2009 - Campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista praticamente sem jogar, o atacante pede para sair do Corinthians e volta ao Náutico. Uma série de lesões atrapalham a mal-sucedida segunda passagem pelo Timbu. No mesmo ano, é devolvido ao Corinthians e volta pela terceira vez ao Náutico.
2010 - Após outra saída do Náutico, retorna ao Uruguai e chega a fazer parte do elenco do Defensor. Logo depois, porém, acerta sua transfência para o Brasiliense.
2011 - Disputou a Série C
pelo Brasiliense, sua última competição. O último jogo foi
em novembro do ano passado.
Entrevista >> Acosta
“Deus me falou para eu estar aqui”
Qual o sentimento no retorno a Pernambuco?
“Estou voltando muito feliz. Tive uma proposta para jogar o Campeonato Paulista, mas agora sou evangélico. Falei com minha esposa, com Deus, e Ele me falou para estar aqui. Agora é trabalhar. Fisicamente estou bem, estava treinando em Brasília. Só me falta ritmo de jogo.”
O que a torcida do Central pode esperar?
“Não promete gols, e sim muita raça e vontade. Sei que a torcida do Central é muito apaixonada e sei da minha responsabilidade. Joguei no Náutico, Peñarol, Corinthians… estou acostumado com pressão. A verdade é que sou uruguaio, mas aqui me sinto em casa. Acho que vai dar tudo certo”
Qual o seu maior objetivo hoje?
“Sei que os dirigentes do Central fizeram um esforço para me contratar. Gosto desse tipo de desafio. Agora preciso executar na prática o que conversei com o presidente, que é deixar o Central na parte de cima da tabela. Vim para ser mais um no grupo, mas sei que aqui todos me olham diferente”