Câmera do Centro Integrado de Operações de Defesa Social fez a diferença

A operação que resultou na prisão do suspeito José Carlos Feitosa em menos de três dias foi fruto de uma conjunção de fatores. Uma investigação “a várias mãos”, definiram os responsáveis pelo caso. Dificilmente, porém, teria tido o mesmo resultado se não fossem as imagens projetadas pela câmera do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) instalada na Avenida Rosa e Silva. Este, o grande diferencial em relação às outras graves ocorrências relacionadas à violência entre torcidas de futebol em Pernambuco.

De acordo com o secretário de defesa social do estado, Wilson Damázio, o número de câmeras do Ciods nas ruas do Recife deverá ser quadruplicado até o fim da gestão do atual governo. Atualmente, são 434 na capital e mais 16 em Olinda. “Nossa proposta é encerrar a gestão com quase 2 mil câmeras espalhadas pela cidade”, afirmou o Damázio. O secretário não soube precisar quantas câmeras existem nas imediações do local do incidente, mas garantiu que o raio de atuação da câmera que registrou o incidente do último sábado chega a 400 metros, cobrindo, além da Avenida Rosa e Silva, a Rua da Angustura.

Uma das três cidades mais monitoradas do mundo, Londres é vista como exemplo, mas também com certa ressalva. “O caso de Londres é um norte, mas há um questionamento por conta da violação da intimidade das pessoas.

Muitas vezes, ela sai do público e entra no privado. Pernambuco será muito bem servido com essas quase duas mil câmeras (mais de 1900 apenas na capital)”, pontua.

434
câmeras existem hoje espalhadas pelas ruas do Recife, sendo 16 em Olinda

2000
câmeras é a meta para ser alcançada até o fim da gestão

4 milhões
é o número de câmeras em toda a Inglaterra

225
era a média de vezes que um britânico era filmado por dia em Londres em 1999

200
milhões de libras foi o investimento do governo da Inglaterra só com câmeras nos últimos oito anos

10 mil
é o número de câmeras que existem espalhadas por Londres hoje