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Não é apenas um banho de gelo. Desafio que é mania entre esportistas, incentiva doações

Ice Bucket Challenge ajuda pesquisas e institutos para diversas doenças

postado em 19/08/2014 10:18 / atualizado em 19/08/2014 10:46

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

Reprodução/Instagram
Daniel Alves, Cristiano Ronaldo, Lebron James, Neymar, Caroline Wozniacki, Kevin Durant, Tom Brady, Ronda Rousey e Dana White são alguns dos nomes do mundo esportivo que têm tomado um banho de gelo e desafiado outros a fazer o mesmo. O que parece ser apenas uma brincadeira tem um objetivo muito maior. O Ice Bucket Challenge ou Cold Water Challenge incentiva doações para pesquisas e institutos para diversas doenças. Porém, a que tem recebido mais atenção é a ALS (no Brasil, ELA) ou esclerose lateral amiotrófica.

Não se sabe ao certo qual foi o primeiro banho gelado com objetivos de doações, mas a popularização do Ice Bucket Challenge começou nos Estados Unidos quando o golfista Chris Kennedy desafiou sua prima Jeanette Senerchia a tomar o banho de gelo em 24 horas ou doar $100 para a ALS Association. O detalhe é que o marido dela, Anthony, sofre com a doença. Após este vídeo a ideia tornou-se viral quando o ex-jogador de beisebol Pete Frates também postou um vídeo desafiando seus parentes. Milhares de atletas e celebridades entraram na onda gelada e apoiaram a causa. Porém, a grande maioria decidiu não ficar apenas no desafio.

De 29 de julho até o dia 18 de agosto U$15,6 milhões haviam sido doados para a instituição. No mesmo período do ano passado os números não passaram de U$50 mil. A popularização não ficou apenas noa atletas, mas também nas celebridades. Bill Gates, Mark Zucheberg, Justin Timberlake e até a família Kennedy participaram.

O que é ALS?
A esclerose lateral amiotrófica foi descoberta em 1869 no neurologista francês Jean-Martin Chacort, mas só ganhou notoriedade em 1939, quando a estrela do do beisebol Lou Gehrig foi diagnosticado com a doença. Após jogar 2.130 jogos consecutivos (recorde apenas quebrado em 1995) e ser eleito para o Hall da Fama do Beisebol, Gehrig teve que se aposentar precocemente aos 36 anos quando descobriu que estava com a esclerose lateral amiotrófica.

A doença tem como caractetística a degeneração das células do sistema nervoso. Primeiramente ela atinge os neurônios motores e progressivamente os neurônios da medula espinhal. Sem os impulsos nervosos, os músculos sofrem atrofia com o avanço da doença. Apesar da degeneração de neurônios, a doença, que ainda não tem causa totalmente conhecida, não atinge as faculdades mentais. Tanto que o portador conhecido mundialmente é o físico Stephen Hawking, que apesar da doença nunca deixou de expor sua genialidade por onde passasse.

A grande incidência em atletas pode ser justificada pelo excessivo uso da musculatura. Dois ex-jogadores da NFL são casos exemplares de que apenas o corpo é atingido. Mesmo sem jogar, O.J. Brigance (Baltimore Ravens) e Steve Gleason (New Orleans Saints) seguem dentro das franquias e servem como conselheiros e inspiração para os jogadores das franquias.