Náutico

Especial

"Este ano vai ficar marcado"

Waldemar Lemos é o protagonista de hoje da série que retrata a trajetória de alguns personagens que tiveram um 2011 especial

postado em 28/12/2011 09:59 / atualizado em 28/12/2011 11:04

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Podemos dizer que esse foi o ano mais importante da sua carreira?
Evidente que foi um ano marcante, gratificante por tudo o que aconteceu e da forma que aconteceu. Pelo aspecto da fama e do reconhecimento foi, sim, o mais marcante. Mas trabalhei em outros clubes também com sucesso, como no Flamengo, em 2006 (vice-campeão da Copa do Brasil), no Fluminense, em 2002 (campeão carioca) e no Figueirense, quando o clube teve a melhor campanha da sua história (terminou a Série A na sétima colocação, em 2006, mesma deste ano). Ainda tive boas passagens pela Jamaica e Coreia do Sul. Mas, com certeza, este ano de 2011 vai ficar marcado para mim pelo grupo, pela torcida e pelo bom trabalho da diretoria.

Por que o senhor não quis responder às críticas antecipadas, mesmo após o acesso?
Minha resposta veio através do trabalho no dia a dia e do que estávamos fazendo dentro de campo. De qualquer forma, eu não guiei o meu trabalho pelas críticas, nem no intuito de poder responder a ninguém. Acho que se eu tivesse seguido por esse caminho, não teríamos conseguido nada. O importante foi que fizemos as pessoas acreditarem no nosso projeto e que as metas eram possíveis de serem alcançadas. Além disso, respeito bastante a todos e não era e nem nunca foi o meu objetivo conseguir o acesso pelo Náutico para poder responder a quem quer que seja. Ao fim de tudo, me senti muito satisfeito porque o tempo foi meu amigo e fez muitas pessoas mudarem de ideia. Hoje eu agradeço a todos por tudo.

A sua fé, tão repetida nas entrevistas, foi essencial para seu sucesso?
Sou católico, fui criado dentro dessa religião e tenho muita fé, costumo acreditar muito nas pessoas e acho que isso fortalece bastante para encarar os obstáculos sem procurar o lado negativo das coisas. Costumo não ser descrente. Por isso, agradeço tanto a Deus nas minhas entrevistas e deixo claro a fé que eu tenho Nele.

Esse grupo do Náutico de 2011 foi o mais unido que o senhor já trabalhou?
Já tive outros bastante unidos também. Mas esse teve a sua peculiaridade, marcou de um jeito especial também. Você ver um Kieza, que não vinha jogando o que podia e estava no banco de reservas quando eu cheguei, dar a volta por cima e acabar a competição como artilheiro é fantástico. Ronaldo Alves era reserva. Elicarlos também. Rogério sequer era relacionado. Peter e Aírton eram rejeitados e estavam com a autoestima bastante abalada. Derley e Eduardo Ramos perigavam perder a posição. Me satisfaz bastante saber que eu pude ajudar e consegui com todos eles o êxito, que também acabou ajudando na união desse elenco. Creio que mudar todo esse panorama foi essencial para conseguirmos o acesso.